terça-feira, 29 de maio de 2018

em balanços de um quase amor.

Fazendo das tripas coração
Para lidar com esse sentimento
Que precisei guardar.
Sem medo de errar,
Deixei-me apaixonar...
Entreguei-me aos impulsos
Loucos, alucinados
Querendo você ao meu lado.
Não me arrependo,  nem por um segundo
Mesmo que esse amor moribundo,
Jamais venha a vingar
Irei guardar na memória
O que me fez apaixonar.

Ana Paixao

(embora morta, ainda pulsa poesia antiga)

domingo, 20 de maio de 2018

Brisa boa!

Não existe brisa maior do que a do amar...

Ana Paixão

...


Não me queiras porque te quero, mas porque há em mim a possibilidade de valer a pena. Incógnita todos somos, pois não há certezas. Mas, a vida tem suas belezas ao esconder as respostas naquilo que virá. Acreditar e sonhar... 

Ana Paixão,  aguardando a autorização para entrar em lugar secreto

quarta-feira, 16 de maio de 2018

terça-feira, 15 de maio de 2018

Dança suave


Coloco meus braços em seus ombros
Corpos colados dançam lentamente.
Sentimos a música suave a nos bailar
Acaricio seu rosto no momento do beijo
O tempo não nos diz nada
Uma lágrima testemunha a emoção
Sim, eu vi você chorar!
As almas conversam sem falar...
Ao fundo aquela música
olhos fechados, marejado, para escutar .
Repetimos os passos
Não há pressa
No seu tempo
Lentamente nos entregamos a delicia de dançar
O delírio dessa fantasia me faz acreditar
que sem dizer uma só palavra estamos a nos comunicar
A sós o mundo é nosso
E nada mais passa a importar
A porta está trancada, ninguém vai entrar.
É o nosso segredo, não tenha medo.
Pode conduzir o ritmo da dança, pode me levar.
Você dança tão bem e eu só quero o bem.
 Não vou me precipitar
Dois pra lá, dois pra cá, é só me levar.
Se errar, podemos novamente começar.
Não há regras, é só ouvir a música e dançar.
Coloque suas mãos em minhas costas
Trazendo meu corpo pra perto
Me leva?(sem pressa)
Vou acompanhar.

Ana Paixão, você conduz essa dança.

melhor se sesse vírus.

-É o que dotô? É vírus?
-O que o senhor tá sentindo?
-Oia dotô, é um negócio esquisito, meio que sobe e desce e deixa a gente com tontura.
-Dói o que?
-Dói as tripa.
-Explica melhor.
-É assim, se tô longe, da sudade. Se to perto, dá calor. Se fico muito tempo sem vê, dói bem lá nu fundin. Sabe?
-E acontece isso de quando em quando?
-Oia, sempre que tô longe de meu cheirin. Se tô perto, como falei pro dotô, dá calor e falta o juízo. É grave dotô?
-Deixa eu ver se entendi: tá longe dói as tripa. Tá perto fica sem razão, é isso?
-É, pois!
-Então já sei o que é.
-Pois fale dotô!
-É aquele desavergonhado que dá em todo mundo de quando em vez. O danado do amor.
-É amo dotô ?Eita! Então lascou! Preferia se sesse vírus, que é mais fácil de curar. Tem remédio ai seu dotô pra essa disgrama?
-Remédio tem não, tem que aguentar até passar.
- E passa é como?
-Se soubesse não estaria desorientado. Dói um bocado!
-E dotô sofre desse tal de amo?
-Não imagina como.
-Pensei que dotô estudado não pegava isso não. Gente estudada sabe das coisas.
-Isso não se aprende nos livros, nem na escola. É a vida que ensina e a decepção que degola.
-É, pois! Por isso que eu falo dotô: melhor se sesse vírus...
-Mas é amor!
-Pronto! Agora deu foi! Faze o que? Esperar passar.
-É o jeito. Pior, que às vezes custa para isso acontecer.
-Eita lasqueira! É brincadeira?
---
Ana Paixão, melhor se sesse vírus. (Março/2007)

domingo, 13 de maio de 2018

(...)


Entender o improvável,
sustentar o que é viável.
Ver além das rachaduras,
penetrar as armaduras.
Imperfeito igual
atrai o irracional.
conexão transcendental.
__
Ana Paixão.

...


Com o correr do tempo
e o cantar do vento
se fez presente
no seu corpo ausente.

Ana Paixão.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Você foi ...


Você foi ...
a loucura que eu quis pirar.
a estrada que eu quis andar.
a minha perdição e o meu despertar.
o sonho que não quis acordar
e o pesadelo que me fez delirar.
o ciúmes que eu quis camuflar
e o surto que tentei evitar.           
o erro que fiz questão de errar.
a história que não quis acabar
e a instabilidade a me desequilibrar.
o vício do qual não quis me curar.  
o fogo que eu quis me queimar
e as águas para me afogar.
a ferida que não quis sarar
e o corte que não pode cicatrizar.
o lamento, que eu quis lamentar.
a delicadeza e sensibilidade do olhar
a esperança que eu quis acreditar
Você foi tudo o que a minha loucura quis inventar...
Foi? É? Ou será?

Ana Paixão, atemporal.