sábado, 31 de março de 2018

A beleza da sabedoria infantil


Parece que brincando se cura tudo, até o incurável. Deixemos as crianças nos ensinar sobre a leveza do amar.

Ana Paixão

Raio x de um sorriso


Sabe o que é?
É que vi beleza naquele sorriso doce de menino.
Parecia ser forte, grande, até assustador por ser opositor.
Porém, ao enxergar além do óbvio, o que se vê é mais que belo.
Todos nós temos nossos lados sombrios, é uma constatação.
Nada é só luz ou apenas escuridão.
Para compreender a beleza que vi, era preciso se demorar ali.
Analises superficiais iriam comprometer a estrutura do conceito daquela lindeza.
Talvez, e somente talvez, por isso não era compreendido pela grande maioria.
Mas, se olhar bem de perto, com olhos do coração...
Ah! Vai ver o que vi e admirei.
Entretanto, todo o encanto faz parte de uma magia que somente a fantasia dos corações mais sensíveis ou apaixonados podem ver.
Há quem defenda ser apenas uma projeção do meu eu em você. Pode ser. Mas, digo que nada disso apaga o brilho daquele olhar e esconde a beleza do sorriso a me encantar.

Ana Paixão, em raio x de um sorriso.

Em feitiços do luar


Lembro-me bem daqueles dias...
Belos dias de encanto ao luar.
Eram as estrelas testemunhas
De nossa forma de amar.
Era linda a nossa maneira de sonhar.
Dizíamos que jamais iria acabar.
De certa forma, nunca acabou.
A lua levou e transformou o sentimento.
Guardamos no peito aqueles doces momentos.
Um dia a dor vai embora e podemos lembrar
Aquilo que nos fez apaixonar.
Nesse dia, vencemos a tristeza
e ficamos apenas com a beleza.
A vida é cíclica e o amor também.
Novas histórias começam
E velhas aventuras terminam.
Eis a beleza da vida:
Cair, levantar, cair novamente e colocar-se a bailar.
São tão belas as cantigas de amor
e são tantas expectativas de um novo luar
que resta agradecer e querer de novo se apaixonar.
Ah! O luar...

Ana Paixão, em feitiços do luar.

sexta-feira, 30 de março de 2018

buscando ressignificação nas artes

Encontro uma alegria indescritível ao contato íntimo com as artes: música, dança, poesia, teatro, alegria, alegria! Vejo que essa alma sensível tem dom de perceber o arco-íris do invisível. Talvez, esteja ai uma saída para o que busco: rebuscar e resignificar, através de um doce e sensível olhar para as belas artes.

Ana Paixão, buscando ressignificação nas artes

Nudez da alma

A nudez da alma encabula muito mais do que a do corpo, pois, uma vez despida, não há o que cubra aquilo que foi partilhado.

Ana Paixão, despida.

roleta-russa


Prefiro sentir a paixão
a analisar os motivos
pelos quais me apaixonei.

Poética kamikaze é o apaixonamento:
Dar um tiro no pé, no escuro,
com os olhos vendados
e esperar não acertar.

Pra quê entender uma loucura dessas?
Preferível vivê-la e girar a roleta.
 No aguardo do próximo tiro. ;-)


Ana Paixão, de olhos vendados, no escuro, com o revolver na mão, fazendo roleta-russa ;-)

resistindo a dor.

Vasculho em meio a dor
Lembranças de um tempo bom
Algo para alegrar o dia
E carregar as esperanças
Tal como se fosse uma criança
Que ainda não sofreu.
...
Encontrei em minhas memórias
Momentos inesquecíveis (que eu quis esquecer)
Sorri, suspirei e agradeci por tê-los vividos tão intensamente.
...
Passar por travessias tão profundas, intensas e doloridas,
faz pensar se haverá o que comemorar.
...
Ter esperança no por vir, em um novo amanhecer,
em condições absolutamente adversas,
é uma subversão a dor.
Uma resistência.
...
Então, busco forças do fundo de minh’alma
para resistir e aguardar o melhor por vir.
..
Ana Paixão, resistindo a dor.

quinta-feira, 29 de março de 2018

Tão...

Vamos parar um minuto e observar esse momento, tão nosso,tão seu, tão meu, tão único, tão só, tão intenso e tão poético.

Ana Paixão, tão entregue as delícias de uma loucura vivida a dois, a sós.

TRANS-PIRA-AÇÃO

Corpos ligados
salgados
Pelo prazer
Do cheiro
Do beijo
Do querer
O calor aquece,
Mas é a alma que incendeia
Uma teia de prazer e emoção
Cansaço da solidão
Vencimento do não
Pavor do querer
Intensidade
Respiração ofegante
Ritmo galopante
Pulsar de vida
Ritmo descompassado
Coração acelerado
Sentir amado
sorrir
prazer
florir
ficar
partir
...

Ana Paixão, em TRANS-PIRA-AÇÃO.

terça-feira, 27 de março de 2018

bailando nas nuvens.

Talvez, esteja a morrer.
A morrer de amor.
E não há morte mais lenta, dolorida e cruel pra se viver.
Ontem mesmo, sonhei que dançava.
Era uma dança em que bailávamos juntos.      
Corações batiam uníssono
Corpos colados
Almas conectadas
Essa noite sonhei que bailava
O corpo flutuava
Bocas a percorrer o caminho do céu.
Essa noite sonhei que bailava
Era tão real que cheguei a sentir seu cheiro
Essa noite sonhei que bailava...

Ana Paixão, bailando nas nuvens.

sábado, 24 de março de 2018

Silêncios


Foi preciso silenciar.
A dor que doía era tão grande,
que não havia palavra para falar.

Difícil suportar!

Quando a conjugação do verbo amar
fica na primeira pessoa do singular,
 resta silenciar.

Respeitando a opção,
Que reflete um não.

A dor da rejeição é algo tão profundo,
Que parece ser o fim do mundo.
O meu, ao menos por agora, acabou.

Ana Paixão, silêncios vindos do coração.